domingo, 15 de novembro de 2009

Um panorama sobre a web (1.0 – 2.0)

No final dos anos XX, o termo “globalização” tinha rotina tão intensa nos meios de comunicação que enjoou um pouco os ouvidos. Porém, essa chamada “aldeia global”, fenômeno de prática econômica, política, social e cultural, modela um comportamento que dinamiza as relações em múltiplas vias, livres de constrangimentos espaciais e/ou temporais. Realidade engrenada pela tecnologia e possibilitada, de vez, pelo advento da internet.

Hoje, constata-se que a internet do ontem mudou de face, evoluiu em potencial comunicativo. O desenvolvimento frenético da tecnologia concedeu, ao mundo, a troca de informações por armazenamento e gerenciamento de dados, o que influencia a presença do usuário no ciberespaço, assim como a sua participação e interação. Diferencia-se do passado recente, nomeada web 1.0, amparada pelo uso do e-mail e alguns programas de mensagens instantâneas, que revolucionaram o momento, mas que hoje já se encontram em outro patamar. Nesta fase anterior, o uso da internet também era adequado às rotinas de empresas, comunicação entre empregados - fluxo interno -, o que se alastrou em proporções inalcançáveis, chegando ao usuário-cidadão-comum, capaz de emitir informações, interagir em comunidades da sociedade de rede e interferir, com vigor, na formação da opinião pública (setorizada).

A web 2.0 trouxe a prática da globalização. Sites, jornalísticos ou não, estão à mercê da aderência do usuário, e cunham estratégias interativas para que estes sintam que fazem parte daquele universo. Porém, a maior revolução talvez seja as redes sociais, que ultrapassa chats de paquera ou entretenimento. Os blogs, por exemplo, permitiram a autonomia para qualquer pessoa produzir e divulgar informação, independente do assunto. Eles evoluíram de tal forma, que passaram da alcunha do diário pessoal a fonte de conhecimento e deliciam-se em profissionalização. Orkut e Facebook, cada um com sua proporção, modelaram o sentido de comunidade, polemizando critérios de individualidade, mas favorecendo o contato sem fronteiras entre as pessoas. O Twitter intensifica o ritmo acelerado do mundo online, personaliza o interesse que se tem na internet, impõe força à troca de pesquisas, notícias, comentários e abre espaço eficaz para emissão de detalhes sobre acontecimentos factuais. Outros sites, plataformas e aplicativos, como o delicious, digg, last.fm, flickr, myspace, slahshot, entre muitos outros, além dos softwares de código aberto, reforçam a geração e exposição de diferentes conteúdos por parte do público.

A conexão em banda larga é o limiar para a transição da web 1.0 para a web 2.0. Uso de flash, distribuição de conteúdo, transferência de arquivo, multimidialidade (áudio, vídeo, infografia), hipertextualidade, cibernegócios, entre outros usos, não seriam possíveis com velocidade de banda estreita (máximo de 56 Kbps). Essa circunstância contemporânea restringe posicionamentos avessos ao online, à atualização contínua, à tendência de participação do público e à exploração das aplicações que a plataforma disponibiliza. Nesse universo do ciberespaço, o amontoado de canais de informação pode ser organizado, ou melhor, personalizado. Têm-se os RSS e as tags (palavras-chave), que funcionam nesse sentido, consolidando a navegação individualizada. Somado às novas tecnologias e à afinidade espontânea do jovem com o mundo digital, não é difícil prevê que a dinâmica participativa do usuário só tende a aumentar.


Fontes:

Um comentário:

  1. Tatiana,
    Texto correto. Minha única observação é a falta de links para documentos e textos que você consultou.Você deu as fontes no final do post, o que está perfeito. Mas para o leitor vale a pena indicar o chamado deep link (linkagem profunda) para as paginas de um site onde estão os documentos e textos que você consultou. Assim o visitante pode conferir diretamente o que vc publicou.
    Você podria também ter se arriscado a publicar alguma ilustração ou foto para experimentar o uso de uma narrativa também apoiada em imagens.
    Um abraço
    Castilho

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